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julho 16, 2010

DIRETOR DO DENASUS CHUTA O BALDE
Irregularidades detectadas são extremamente graves - disse Luis Carlos Bonzan
No final da terde dessa quinta, 15 de julho, o Diretor do Departamento Nacional de Auditoria do SUS, Luis Carlos Bolzan, esteve em Teresópolis para apresentar o relatório final da autidoria realizada no Hospital das Clínicas. Presentes os representantes do hospital, a imprensa, promotoria de justiça e do conselho municipal de saúde, além dos secretários de saúde e de governo do município.

E se na véspera, numa coletiva de imprensa, a direção da UNIFESO fez uma leitura branda do relatório, o mesmo não aconteceu na tarde de ontem. O diretor do DENASUS disse que as irregularidades encontradas são extremamente graves e que devido a complexidade do caso encontrado em Teresópolis foi preciso um número 3 vezes maior de auditores. A auditoria, realizada a pedido do atual Prefeito, após tomar conhecimento de "indícios de fraudes", foi realizada em documentos relativos ao ano de 2008, último ano do governo Petto, e detectou cerca de 600 mil reais de cobranças indevidas, entre outras irregularidades. Diante da apresentação parcial do relatório feita pela UNIFESO, ele disparou: "Não leiam só o que interessar a vocês, caso contrário estarão agindo de forma pouco honesta. É preciso ter cuidado para não usar o relatório de acordo apenas com o que lhes interessa." O diretor do DENASUS lembrou que não cabe o dito na véspera pelo reitor da UNIFESO que saiu em defesa do Hospital afirmando que a quebra das normas do SUS se deu pela falta de informação pro parte da Secretaria de Saúde. Segundo ele explicou, portarias básicas foram desrespeitadas e que das 65 denúncias feitas, em 61 foram constatadas irregularidades. Luis Carlos salientou que o próprio hospital assumiu que alterava a documentação para se adequar as normas do SUS e citou o caso dos partos cesarianos cobrados como se fossem partos normais. Curiosamente, o diretor do hospital da época onde foram detecdatas as irregularidades, Nestor Vidal, não é citado no relatório. Segundo informou o diretor do DENASUS, a auditoria se baseou nos documentos cedidos pelo hospital que não o citavam. Era Nestor que respondia pelo hospital até 31 de março de 2010, quando se afastou para se candidatar a cargo eletivo.

Outro fato interessante detectado foram as ligações entre o Secretario de Saúde da época e o Hospital. Paulo Camandaroba, então ditretor do HCT, teria assinado o contrato para um ano depois ser catapultado ao cargo de Secretario de Saúde. "Quem assina como prestador não deveria se tornar gestor"- destacou o diretor do DENASUS. Luis Carlos disse que dava por encerrado o trabalho do DENASUS no caso e que agora cabe ao Ministério Público apurar os fatos e responsabilizar os culpados. Detectadas as irregularidades no período de 2008, há quem já defenda uma auditoria nos anos anteriores.

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