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julho 28, 2014

UPA - ETERNO PEPINO?
Desde sua inauguração, em 2010, tornaram-se cada vez mais comuns as reclamações sobre o atendimento na UPA Nathan Garcia Leitão, em Teresópolis, referência local para atendimentos de pequena e média complexidade. Os problemas vão da falta de medicamentos até a ausência de médicos, quase sempre em protesto pelo atraso no pagamento dos salários. A grande vilã, até então, seria a O.S. Fibra responsável pela administração da unidade. Porém em março  a Prefeitura decidiu afastar a Fibra, assumindo a gestão da unidade (clique aqui para conferir).
Passados quatro meses da intervenção do poder público, os problemas permanecem.
Na última sexta (25), o atendimento na unidade ficou restrito aos casos de urgência por conta de uma nova paralisação dos médicos sob a alegação de sempre, o atraso no pagamento dos salários(clique aqui para conferir), ação que recebeu o apoio dos profissionais do Posto de Saúde Eithell Abdallah, no Bairro de São Pedro.
 Cartaz foi fixado no posto do bairro São Pedro em Teresópolis (Foto: Reprodução Rogério de Paula/Intertv)
Em entrevista ao G1, o médico presidente da entidade afirma que outras irregularidades prejudicam os médicos e consequentemente a população. “Como  faltam leitos nos hospitais, os pacientes permanecem na UPA, que não tem estrutura e recursos adequados para casos mais graves. Os médicos são vistos como vilões, mas, na verdade, lutam diariamente para fazer o melhor possível”, pontuou Paulo Barros (Coordenador da seccional do Conselho regional de Medicina do Estado do Rio - Cremerj). Ele acrescenta ainda que os profissionais não são contratados e que, portanto, não há vínculo empregatício, o que fere a lei. No vídeo abaixo, matéria da Rafaela Pedra e o Demerval Casemiro (TereTV, Canal 11 da RCA) sobre os problemas recentes na unidade:

A administração da UPA é feita atualmente por três empresas contratadas em caráter emergencial pelo município no período de 90 dias. A prefeitura informou, através da assessoria de imprensa, que uma cooperativa que participa do consórcio é responsável pela contratação dos médicos. 
Ainda segundo o governo municipal, o repasse de recursos está em dia. “O que houve neste primeiro mês de atuação do consórcio é que, por inconsistência de dados, alguns profissionais médicos tiveram os salários liberados com três dias de atraso em relação aos demais funcionários e decidiram restringir o atendimento aos pacientes na unidade”, diz a nota. Segundo a Prefeitura de Teresópolis, a secretaria municipal de Saúde está reunindo esforços para regularizar o atendimento à população. O órgão esclareceu ainda que está realizando um estudo técnico para avaliar a melhor forma de gestão da UPA após o prazo de 90 dias da contratação emergencial do consórcio.  Na Câmara de Vereadores as menções ao problema foram constantes desde que os edis assumiram seus cargos e no início de 2013 esbarramos com os edis conferindo de perto os problemas na UPA:

De acordo com as estatísticas do Governo do Estado, a UPA Nathan Garcia Leitão realizou mais de quinhentos mil atendimentos (570.296) de sua inauguração até dezembro de 2013. O modelo de atendimento foi copiado por outros estados como Minas Gerais, Bahia, São Paulo e Pernambuco. Funcionando no Bom Retiro, a unidade conta com atendimento 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados. Sua estrutura foi montada para suportar até 500 atendimentos por dia, com 190 funcionários distribuídos na unidade que conta com consultórios de pediatria, clínica médica e odontológica, além de laboratórios de análise clínica para realização de exames, salas de raio-X, eletrocardiograma, sutura, medicação e nebulização, sala de isolamento para doenças infectocontagiosas (como tuberculose e meningite) e salas para observação com leitos para adultos e crianças. Na "sala vermelha" (para os casos de maior complexidade) existem quatro leitos equipados para atender e estabilizar pacientes em estado grave até que sejam encaminhados para um hospital. Na prática, esta aí um dos maiores problemas da Saúde em Teresópolis. Sem leitos nos hospitais à altura da demanda de pacientes do SUS, a "porta de saída" da UPA fica congestionada, obrigando a unidade a manter pacientes internados dentro da instituição que não foi concebida para esse fim, o que emperra toda a estrutura. O coordenador local do Cremerj diz reconhecer o esforço das pessoas responsáveis pela Upa, que na sua visão, estariam dispostas a fazer com que a unidade funcione bem em setores administrativo, técnico e médico. “Temos problemas, principalmente com relação ao financiamento da saúde de forma ampla. Não só com relação à Upa em si, mas também com outras unidades do município. Tudo isso envolve financiamento público. Entendemos que não é só uma questão de gestão, mas de financiamento, para que as coisas funcionem bem, os hospitais conveniados e a rede própria. Há uma dificuldade em gerenciamento por falta desses recursos”, explica. (Para conferir o "raio-X" do Cremerj sobre os problemas da UPA Teresópolis, clique aqui)

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