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fevereiro 11, 2012

VERGONHA FUTEBOL CLUBE
O Teresópolis Futebol Clube, que deveria disputar a série B do campeonato carioca, acabou virando piada ao perder por W.O. em sua estréia. Os atletas do Rio Branco vieram até a cidade para enfrentar o time que leva o seu nome mas esse nem sequer entrou em campo pois nenhum dos seus jogadores constavam no BIRA, o Boletim Informativo de Registro dos Atletas. No site do time, nenhuma informação a respeito do problema que ganhou espaço na imprensa esportiva. Nessa segunda, o presidente do Teresópolis F.C., Frederico Menezes, e o Secretário de Esportes, Demerval Casemiro, estarão frente a frente no programa Esporte Cidade, na TV Cidade, canal 9 da RCA, para comentar o fato.


TIME MILIONÁRIO
Uma das razões alegadas pelo Teresópolis F.C. pelo vexame, é a falta de apoio. Uma cópia de um documento enviado pelo clube à Prefeitura, foi publicada no Facebook, pelo repórter Abel Siqueira:


DIRETORIA EM XEQUE
"Você já imaginou perder por W.O. em seu próprio estádio?" - foi assim que o jornalista Anderson Duarte iniciou a matéria, publicada nesse sábado no Diário de Teresópolis, que também expõe a fragilidade da atual administração do Teresópolis Futebol Clube. 
Anderson ouviu, de fundadores do clube, que o mesmo estaria sendo usado para fins alheios ao futebol e que a falta de competições e a inoperância de suas dependências, podem fazer com que o município retome o espaço.


HISTÓRIA
Na mesma matéria publicada no O Diário, Anderson cita o relato histórico do Teresópolis Futebol Clube, feito pelo radialista Ayrton Rebello:
“O Teresópolis Futebol Clube foi fundado em 1915 por um grupo de entusiastas, entre eles o meu avô, Alfredo da Silva Rebello e desde os anos 30 sempre usou aquele espaço onde se encontra até hoje. Quando a Companhia Imobiliária Rollas, fez naquele bairro um empreendimento imobiliário a prefeitura ficou com o espaço para a construção de um estádio municipal, mas o Teresópolis Futebol Clube ficou usando todo aquele espaço durante estes anos que se seguiram. Em 1963, através de uma Lei, aprovada na Câmara de Vereadores por unanimidade, foi doado aquele espaço ao Teresópolis, a partir da qual foi iniciado um processo de adequação, afinal não existia a arquibancada, e esta adequação foi financiada pela venda de títulos de proprietários do clube, o que permitiu a construção das benfeitorias. Já em 1966, a seleção brasileira veio para Teresópolis e o Almirante Heleno Nunes, arranjou com o CND, conselho nacional de desportos, antes da CBF, a verba de 10 milhões de cruzeiros. Com esse recurso e a prefeitura dando a mão de obra, uma empresa que fazia a construção da Rio Bahia deu pedras, terras e outros materiais que possibilitaram erguer a arquibancada, sem ainda a cobertura. A seleção chegou em 1966 e quem assessorou a mesma em suas estadia foi o TFC, vendemos jogos da seleção para outras cidades e conseguimos viabilizar a estadia deles por aqui. Com a sobra dos recursos foi erguido então o teto da arquibancada”.
A matéria ainda cita:
Para Ayrton, que cobriu copas de mundo e olimpíadas como narrador esportivo, a situação é estranha e requer um posicionamento do poder público. “Na época o TFC disputava os principais campeonatos de nosso estado e hoje o Clube está entregue a pessoas que estão com interesses que não consigo entender. Para que expor nossa cidade a tanto ridículo como o passado nesta semana, em que não se tinha time para entrar em campo, que interesse há nessa atitude e postura? Não consigo entender. O TFC tem que disputar os campeonatos de base, com formação de novos atletas e ser a referência que sempre foi na conquista de títulos, coisa que essa geração que aí está a frente do Clube nunca viu. Não sei quais são os reais interesses, mas posso adiantar que são escusos”, lamenta Ayrton.
Quanto aos sócios proprietários, Ayrton lembra que alguns mecanismos podem ter evitado que os reais donos do clube tivessem acesso nos últimos anos a decisões importantes e que levaram o mesmo a tanto declínio e vergonha, como diz Ayrton. “Nós precisamos nos organizar para retomar essa situação e quem sabe até devolver ao município a prerrogativa de administrar aquele espaço, que apesar de doado, continua sendo da cidade de Teresópolis. Não podemos deixar que a situação continue nesta vergonha que está”, exaltado explica Ayrton
“O clube está sendo mal utilizado, por gente que não conhecemos, que se mostrou incompetente na gestão de um clube, em suma, deveríamos hoje estar levando nossos filhos e netos que querem buscar uma carreira no mundo futebol ao nosso clube, que leva nosso nome e não ficarmos sendo motivo de chacota como somos hoje. O que precisa ser feito imediatamente é o poder publico municipal buscar fiscalizar o que tem sido feito naquele espaço cedido para a prática esportiva e que hoje faz de tudo, menos esporte. De política a programas de televisão, tudo é feito naquele local, menos formação e representação da cidade no futebol. Espero que a prefeitura tome uma providencia quanto a tudo isso que está acontecendo, mesmo porque está respaldada por um contrato assinado e lavrado com o aval da nossa Câmara que permite em caso de utilização inapropriada do espaço a retomada da mesma”, explica.
Nossa reportagem tentou contato com a direção do TFC, mas até o fechamento desta edição não obtemos resultado. Da mesma forma tivermos acesso ao contrato citado por Ayrton Rebello, que encontra-se registrado no cartório do 2º Oficio de Notas e RGI , datado de 19-01-1963, no livro 172, fls 66,67 e 68. Todo manuscrito, o contrato de cessão é assinado por muitas personalidades desta época, como o então prefeito Omar Duarte Magalhães.


EVIDÊNCIA UFOLÓGICA
Por Christian Mendes de Mello

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