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novembro 02, 2011

DESCRÉDITO, CASSAÇÃO E PIROTECNIA
Vereadores aplaudem mas público presente não se empolga nem com pirotecnia
Aconteceu nessa terça, 1 de novembro, a cassação do Prefeito Jorge Mário Sedlaceck, que já se encontrava afastado do cargo desde a instauração da Comissão Processante, em agosto. Jorge Mário não comparaceu a sessão, nem enviou seu advogado para a defendê-lo. Por unanimidade os Vereadores julgaram ser procedente a cassação do Prefeito por vários motivos, entre eles o não comparecimento do alcaide a oitiva da CPI que o convocou a depor. Na época, na mesma data, horas antes da oitiva, o Prefeito participou de uma galada nos fundos da Câmara, com a presença de vários Vereadores. A contratação de um escritório de advocacia no Rio pela Prefeitura também foi crucial no afastamento. O Dr. André Koslowski, advogado representante desse escritório, teria recebido 500 mil reais, sendo 250 mil reais no ato do contrato e mais duas parcelas de 125 mil, pagas após 15 e 45 dias, sem que o objetivo do contrato, referente ao impedimento de sequestro de precatórios, fosse atingido. O não fornecimento de documentos por parte da Prefeitura à CPI também foi entendido como um dos motivos para a cassassão. O Prefeito teria adquirido um apartamento e declarado um valor 3 vezes menor que o de mercado. Os edis ainda julgaram ser procedente a acusação da "conduta incompatível com a dignidade e decoro do cargo". Por esses 4 motivos, Jorge Mário foi cassado por unanimidade porém os Vereadores ainda informaram que nessa semana a Câmara recebeu o parecer do Tribunal de Contas do Estado que desaprovou a prestação de contas da Prefeitura em 2010, apontando ilegalidades, como a contratação do Dr. André Koslowski. O Vereador Paulinho Carvalho, que dias antes levantou suspeitas sobre a idoneidade da Comissão Processante, disse que a cassassão é pouco e que torce para que Jorge Mário saia da cidade preso pela Polícia Federal. O edil ainda lembrou da culpa da Câmara em toda essa situação pois permitiu, por conivência, que tudo ocorresse. 
Paulinho lembrou que em 2009, junto com o Vereador, já cassado, Teixeira, propôs a abertura de uma CPI porém esbarrou com uma Câmara aliada ao Governo. O Vereador Dr. Carlão disse que a pior coisa que poderia acontecer com Jorge Mário é o fato dele não apresentar defesa. A Vereadora Dra. Claudia disse que aquele não era um momento de alegria e sim de vergonha para a cidade pois foi Jorge Mário o recordista de votos na cidade. Já o Vereador Cláudio Mello disse se sentir enganado pelo Prefeito cassado e lembrou, que no início desse ano, junto com o Deputado Nilton Salomão, foi acusado de ser traidor do povo teresopolitano, ao tentar impedir a contratação da RW para prestação de serviços referentes a catástrofe. Marcelo Oliveira destacou a importância da CPI que forneceu grande parte da materialidade que gerou a cassação. 
O edil ainda informou que a partir de agora caberá ao Ministério Público dar sequência ao processo que ainda poderá resultar em punição e ressarcimento. O Vereador Waguinho, em tom crítico, lamentou que tudo isso só esteja ocorrendo pela ação do povo. Waguinho lembrou que o poder corrompe as pessoas e não se pode fazer política sem responsabilidade e amor ao bem comum. Terminada a sessão, que durou bem menos que o previsto e foi acompanhada de perto por muitas pessoas, os Vereadores aplaudiram porém o público não os acompanhou. Uma grande queima de fogos aconteceu no pátio da Prefeitura após o encerramento dos trabalhos, o que dividiu a opinião dos presentes. Agora caberá a Justiça Eleitoral determinar quando e de que forma ocorrerá a eleição do novo Prefeito que poderá ocorrer de forma direta, através do voto da população, ou indireta, sendo o alcaide escolhido pelos próprios Vereadores. Na contra-mão, Jorge Mário agora tentará reverter o quadro na justiça, através daquilo que a sua defesa acredita ser suficiente para a nulidade do processo.


OS FANTASMAS DE CAMPO GRANDE
Médium acompanha reportagem durante gravação de matéria
Nas primeiras horas da noite dos mortos, como é conhecida a data de Finados no méxico, nossa reportagem esteve no bairro de Campo Grande, um dos bairros mais atingidos pela catástrofe de janeiro, para apurar a informação de que acontecimentos estranhos estariam ocorrendo no local. Na companhia de uma médium, percorremos o bairro em busca de informações a respeito do assunto.
Conversamos com motoristas de ônibus, moradores e vigias noturnos e em breve estaremos publicando a matéria completa sobre o assunto que também será exibida pela Diário TV, no canal 4 da RCA.

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