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agosto 18, 2011

CPI DA ALERJ OUVE JOSÉ ALEXANDRE
Ex-secretário de governo de Teresópolis nega acusações da RW
A CPI da Região Serrana na ALERJ, ouviu na manhã dessa quinta, 18 de agosto, o ex-secretário de governo de Teresópolis, José Alexandre de Almeida que teve seu nome envolvido na polêmica da “delação premiada”, quando o empresário José Ricardo, da RW Construtora, afirmou ter repassado ao então secretário, dinheiro proveniente de pagamento de propina. 
José Alexandre disse que tem uma reputação de 20 anos que foi seriamente atingida graças a ação do empresário que terá que se explicar na justiça devido as suas afirmações. O ex-secretário lembrou que são várias as contradições envolvendo as denúncias do Sr. José Ricardo que inclusive já havia negado, sob juramento, qualquer relação promíscua com a Prefeitura de Teresópolis, como evidencia o vídeo abaixo:
Ele ainda lembrou uma declaração registrada em cartório onde o empresário dá a entender que teria sido impulsionado pelo oferecimento de vantagens para que incluísse seu nome na denúncia feita ao Ministério Público Federal. “Vocês não ficarão desamparados, contudo é preciso que vocês incluam no depoimento, o nome do José Alexandre”- teria dito o Vereador Cláudio Mello, de acordo com a declaração do Sr. José Ricardo que ainda vai além ao citar a resposta obtida do edil após a afirmação que não teria materialidade alguma para embasar tal afirmação: “Ele nos disse para falar e que investigar caberia ao MP”- cita o documento.
 Questionado, pela Deputada Janira Rocha, a respeito das motivações que teriam levado o Vereador a agir dessa forma, José Alexandre disse acreditar que o mesmo teria se valido de interesses eleitorais, visando 2012, talvez pelo fato de enxergar em sua pessoa um potencial adversário, visto o conceito obtido ao longos dos meses de atuação na Prefeitura e que, inclusive, teve o reconhecimento da Câmara que, por unanimidade, lhe concedeu o título de Cidadão Teresopolitano. Na época que era Secretário em Teresópolis, José Alexandre também teve seu trabalho reconhecido pela própria ALERJ, através do diploma Cristo Redentor.
Outra suposta razão de atritos junto ao PT de Teresópolis, segundo o ex-secretário, poderia ter se dado pelo fato do mesmo ter assumido a cadeira antes ocupada pela petista Denise Lobato, e conseguido reverter a questão problemática da relação entre o executivo e o legislativo. A Deputada Clarissa Garotinho o questionou a respeito da forma como o ex-secretário teria obtido sucesso nessa retomada da boa relação com o Legislativo. “O senhor ofereceu cargos ou alguma outra vantagem?”- Indagou a Deputada. José Alexandre disse que nenhuma vantagem foi oferecida e que o entendimento junto à Câmara se deu pelo entendimento do bem comum.
 José Alexandre disse que teve acessos a pesquisas de opinião que, um mês antes da catástrofe, apontavam o Prefeito com uma aprovação de cerca de 50% e que seus opositores políticos se valeram da catástrofe para agir no sentido de desestabilizar o governo. Ele lembrou que Teresópolis vive uma situação atípica onde vários meios de comunicação pertencem a ex-Prefeitos que usam os mesmos como forma de atingir seus adversários.
Firme em suas colocações, José Alexandre despertou a atenção da Deputada Janira Rocha. “Ou o senhor realmente não tem nada a ver com tudo isso, ou é muito cínico”- disparou. “Se a senhora fizer uma busca no Google com o meu nome, com certeza a senhora ficará com a primeira opção” – rebateu o ex-secretário. Janira  concluiu que existe “um barulho maior do que a conjuntura permite” e que é inegável a influência de interesses políticos-eleitorais envolvidos em toda a questão.
A respeito dos supostos sinais de enriquecimento, José Alexandre entregou à CPI, de forma voluntária, cópias de suas declarações de renda referentes aos últimos 3 anos. José Alexandre esteve acompanhado do seu advogado, Dr. Luiz Paulo Viveiros de Castro, que tentou, sem sucesso, impedir a participação na oitiva do Deputado Nilton Salomão, Relator da CPI, por entender que o mesmo estaria impedido de tal participação devido às ações que move contra seu cliente. 
Durante a oitiva, o advogado citou o BADARTS como fonte de informação a respeito dos acontecimentos em Teresópolis. 
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DA SÉRIE NEM DOEU


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