Viagem para acompanhar partida de futsal foi paga pela população- Comitiva foi composta pelo prefeito Roberto Petto e secretários municipais
A notícia de que um grupo de servidores do alto escalão da prefeitura de Teresópolis teve passagens áreas pagas para acompanhar os jogos de futsal da equipe CRVG/Teresópolis nas cidades de Caxias do Sul no Rio Grande do Sul e Florianópolis no estado de Santa Catarina, deixou a população revoltada.
De acordo com informações obtidas junto à prefeitura, as passagens áreas para o prefeito Roberto Petto Gomes, o secretário de indústria e comércio Jorge Farah e o secretário de planejamento Elso Heleno Carvalho Borges foram compradas junto a empresa Garuda Viagens e Turismo Ltda. O total pago pela prefeitura foi de R$ 2.934,90.
Segundo informações de funcionários da prefeitura que pediram para não serem identificados com medo de sofrerem punições, a viagem aos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina teve como objetivo acompanhar as partidas de futsal pela Liga Nacional entre as equipes do CRVG/Teresópolis x Cortiana/UCS e CRVG/Teresópolis x ADC/Florianópolis/Umbro.
A primeira partida foi realizada na noite do dia 25 de abril na cidade de Caxias do Sul – RS. Neste mesmo dia o prefeito e um grupo de secretários municipais embarcaram às 15h20min no aeroporto do Rio de Janeiro com destino a Porto Alegre. Após o jogo, prefeito e comitiva embarcam às 16h20min no aeroporto de Porto Alegre com destino a Florianópolis para acompanhar a partida contra a equipe da ADC que seria realizada no dia 28. Às 10h45min do dia 29, o prefeito Roberto Petto e comitiva embarcaram no aeroporto de Florianópolis com destino ao Rio de Janeiro.
Ao saber do fato, um advogado disse que o prefeito e seus secretários deveriam ser obrigados a devolver a prefeitura todo o dinheiro gasto com a viagem. - “A primeira coisa que devemos fazer é acionarmos o Tribunal de Consta do Estado para sabermos se essa despesa tem amparo legal ou não. Não é apenas essa despesa que devemos questionar junto ao Tribunal de Contas, os gastos com a equipe de futsal do Vasco da Gama e o dinheiro gasto para patrocinar a equipe de futsal da Costa Rica que disputou o Pan-Americano, também devem ser questionados. Se esses gastos forem considerados irregulares ou ilegais, o prefeito deve ser obrigado a devolver o dinheiro aos cofres públicos. Além dessa medida, uma ação popular pode ser proposta pedindo a devolução. O Ministério Público pode propor uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa o que pode levar até a cassação do mandato do prefeito Roberto Petto” - disse o advogado.
De acordo com levantamento feito pela reportagem, a administração do prefeito Roberto Petto gastou mais de R$ 1 milhão somente com o futsal. Nesse valor não estão incluídos os gastos com a reforma do ginásio Pedrão, exigência feita pela Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS) para que Teresópolis pudesse sediar a Taça Brasil de Futsal de 2007.
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