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julho 20, 2007

O VEREADOR NOSSO DE CADA

Um amigo meu jornalista outro dia me perguntou: - Porque você não se candidata a vereador? – Prefiro acreditar que ele estava tirando um sarro com a minha cara. Eu seria um dos vereadores mais ladrões que a Prefeitura de Teresópolis já teve! Lógico, que como acontece atualmente, faria tudo dentro dos esquemas que a lei permite. Eu sou um ladrão em potencial. Só não me humilho roubando pouco. Já pensei em assaltar um banco do governo. Mas aí a Polícia pode me pegar e querer dividir o montante ou até mesmo me prender, isso sem falar nas chances de um tiroteio. Bancos definitivamente não são a melhor maneira de melhorar de vida, à não ser pros banqueiros. Esses não reclamam. Agora, ter os poderes de um político é o sonho de todo o bom ladrão. Imaginem quantos esquemas são montados dentro do ambiente administrativo de uma cidade como a nossa? O dinheiro escorre fácil pras mãos dos políticos. Notaram que temos uma panela do poder em nossa cidade? Ninguém mais entra. O grupo está fechado. O esquema está montado. Aí vem aquele que acha que depende de nós mudarmos o quadro atual. Como? O povo ainda vota no doutor que o atende de graça. Vota no “gente boa” que deu os tijolos pro puxadinho e até mesmo no cara que comprou as camisas do time. Nosso sistema eleitoral funciona assim. Povo burro, não sabe votar. Vota, mas não se preocupa com as conseqüências do seu voto. O voto é obrigatório e quantos de nós não conhecemos aquelas pessoas que saem de casa contrariadas por ter que votar? – Que merda! – Dizem. Época de eleição vem chegando e um dia desses vi uns homens limpando a minha rua e fiquei surpreso pois pensava que meu bairro já não fizesse mais parte da cidade. Disse: - É, a Prefeitura lembrou de nós... – O homem desligou a máquina e mandou: - Não é a Prefeitura. “Fulano” vai tentar pra vereador e ta pagando a gente pra limpar a rua.
Vamos seguindo vivendo num mundo onde a Política se tornou um Jockey Club onde vencem os cavalos que são alvos das melhores apostas. Pangarés só servirão como palhaços entre as melhores corridas do dia. Quantos de nós sabemos de um ou outro que se candidatou e que veio até nós pedir voto. – Mas é claro!!! - respondemos, mesmo sabendo que o cara não leva o menor jeito pra coisa e que será mais um dos fracassos de público da próxima eleição. Não tem jeito, pobre tem suas chances reduzidas de ganhar uma eleição. Pobre não paga o churrasco, não opera a tua hemorróida e nem patrocina a tua laje. Votar nele só porque ele é honesto? Não adianta. DEMOCRACIA. Sabe o que quer dizer? Vence o maior número de comprados. Honesto, até voa mas não faz verão. Mas devemos continuar enviando nossos pobres pro circo pois vem deles a graça maior do espetáculo. Quem se lembra da Professora Daisy, do PT, que nas últimas eleições para vereador fez apenas 3 votos? A Tia Daisy não deve ser muito querida pelos pais dos seus alunos. É mas tem sempre aquele que não confia nem em si mesmo. É o caso da Edna de Oliveira (PL/PTdoB) que não teve nem um voto. Teve um que se chamava “Francisco Pipoqueiro Corredor”(PRTB/PSDC/PC DO B). Tente por as pipocas dentro do saquinho enquanto anda pra entender a eficácia desse homem. Fez 19 votos, todos do cinema. A mãe dele preferiu votar no “Bacalhau”(PSL/PMN) devido ao sabor do animal. Enfim, a coisa apesar de toda a importância que deveria ter, virou uma piada da qual só me resta rir, afinal Vovó Margarida dizia ser esse o melhor remédio.

COSTA VELHO DA DUNIA TURISMO:

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