RIO: POLÍCIA VS BOMBEIROS
Polícia prende 439 bombeiros que invadiram quartel central durante manifestação
O governador Sérgio Cabral ordenou que a Polícia Militar resolvesse a situação da invasão do Quartel Central dos Bombeiros, no centro do Rio, que se encontrava tomada por milhares de manifestantes que reivindicavam um aumento de salário de mais de 100%, passando de R$ 950 para R$ 2000.
A decisão pela intervenção da Polícia se deu após os manifestantes arrombarem os portões de acesso, invandindo o local e impedindo que as viaturas da corporação saissem para atender emergências. Pneus dos veículos chegaram a ser furados e depois de uma madrugada inteira de negociações frustradas, a Polícia invadiu o local. Homens e do Bope participaram da ação que retomou o quartel e prendeu 439 bombeiros que participaram da invasão.
"Não negocio com vândalos" - disparou Cabral, pondo ainda mais lenha na fogueira. Cabral exonerou o comandante do Corpo de Bombeiros e durante uma coletiva disse que a manifestação tem cunho político, referindo-se ao ex-governador Anthony Garotinho que, segundo Cabral, apesar do discurso de incentivo ao manifesto, nada fez a respeito do assunto quando esteve governador.
Os bombeiros que participaram da invasão serão indiciados por motim, danos a viaturas e instalações e por impedir a saída de socorro.A pena para cada um desses crimes varia de 2 a 10 anos de prisão.
.
___
TERESÓPOLIS, NOITE DE 5 DE JUNHO DE 2011
Click do colaborador Ricardo Raposo
_______________
O MIRANTE DA GRANJA GUARANI
por Wanderley Peres
Atrativo turístico, sítio histórico que remonta a origem dos bairros de Teresópolis, local que transpira arte e cultura. Apesar de uma importância que engloba vários interesses públicos, e de tantas promessas pela sua recuperação, o Mirante da Granja Guarani está em ruínas.
Situada entre os caminhos sinuosos da Granja Guarani, onde se desfruta de um amplo e belo panorama da Serra dos Órgãos, da CBF e do bairro do Alto, a construção neocolonial emoldurada por colunas toscanas de capitel simples e arcos de alvenaria revestidos por azulejos portugueses, ainda guarda resquícios da beleza que provocou visitantes do mundo inteiro e de veranistas, encantados com o seu estilo arquitetônico de influências coloniais mexicanas e mouriscas.
Composto por dois corpos interligados por um avarandado coberto, encimando uma grande elevação que forma uma espécie de platô, o mirante tem cobertura em telha-canal com coruchéus, que remetem aos caramanchões por sua forma circular, daí ser também conhecido como carramanchão da Granja Guarani.
O revestimento em azulejos portugueses, produzidos em Lisboa, no ano de 1929, é obra do renomado artista Jorge Colaço (1864-1942) e contam quatro lendas indígenas: O Dilúvio", "O Anhangá e o Caçador", "A moça que saiu para procurar marido" e "Como apareceu a noite". O autor dos traços fortes, em azul sobre branco, foi um dos maiores azulejistas de Portugal no princípio do século XX, com trabalhos expostos desde o Palácio de Windsor na Inglaterra, até o Centre William Reppard na Suíça, passando por países como Cuba, Argentina, Brasil e Portugal.
Centro das admirações dos que se preocupam com a memória, o Mirante da Granja Guarani provoca também historiadores e alunos de disciplina de introdução aos estudos históricos. Em artigo científico produzido para o Curso História da Universidade Norte do Paraná - Unopar, Marcelo Fabiano Maia Ferreira, estudou as lendas indígenas expostas no Mirante. "Em “O dilúvio”, a mitologia indígena trata de uma lenda muito parecida com o dilúvio bíblico de Noé.
Na versão guarani, Tamendonaré (Tamandaré) avisado por espíritos antepassados que haveria um grande dilúvio, se refugia com sua família em cima de uma grande palmeira (pindorama), se alimentando também de seus frutos. Sobrevivendo ao dilúvio, Tamendonaré repovoa o mundo, com os guaranis se considerando seus descendentes diretos. Na lenda “Como a noite apareceu”, conta-se a história de como a filha do Cobra Grande fez três emissários de seu jovem noivo roubarem o côco de tucumã de seu pai e assim liberar a noite sobre o mundo, com pássaros que cantam ao amanhecer e outros ao anoitecer.
Em “O anhagá e o caçador”, Colaço retrata o terrível espírito protetor dos animais nas florestas brasileiras. Anhangá, que por vezes se disfarça ele próprio de animal para surpreender caçadores, principalmente aqueles que não respeitam animais ainda recém-nascidos ou fêmeas prenhes. Por último, na lenda “A moça que saiu para procurar o marido”, é relatada a história da índia guarani Nheambiú, que se apaixona pelo guerreiro tupi Cuimbaé, prisioneiro dos guaranis. E como ela, após saber da morte de seu amor, se transforma no pássaro urutau, que entoa durante a noite um canto parecido com um lamento humano", conta em seu trabalho, encomendado pelo professor de história, Dirceu Casa Grande Júnior.
Tombado em 11 de novembro de 1982 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural - INEPAC, catalogando-o como “uma pequena jóia neocolonial”, o Mirante da Guarani é protegido também pela Lei Orgânica Municipal, de 1988. Mas, embora tenha grande importância histórica para a cidade, além de seu enorme apelo turístico e cultural, o prédio representa hoje apenas um monumento ao descaso das autoridades que, ao longo dos últimos trinta anos, deixaram que ele chegasse ao deplorável estado em que se encontra.
.
Para acessar o facebook do historiador, clique aqui.
__________________
AMY WINEHOUSE
Cantando Back to Black, ao vivo em HD
.
Para acessar o facebook do historiador, clique aqui.
__________________
AMY WINEHOUSE
Cantando Back to Black, ao vivo em HD
Um comentário:
O que está por trás dos bombeiros.
Nos últimos meses venho acompanhando as manifestações que alguns bombeiros vem realizando em frente a assembléia legislativa, ali na rua 1° de março. Confesso que estive presente nas duas primeiras manifestações deste ano, mas não mais retornei. Ficava ali, parado e assistindo cinco ou seis bombeiros e PMS disputarem o microfone, tomando minutos repetitivos que pareciam nunca terminar. Cada um querendo aparecer mais que outro. Eram sempre os mesmos. Normalmente, do lado dos bombeiros, era gente que tinha seus próprios vínculos políticos com deputados e vereadores. Infelizmente gente que verdadeiramente poucas horas de trabalho dedicou ao CBMERJ.
Tempos depois, li no jornal que seis ou sete bombeiros haviam sido presos por incitar greve. Ao ver cada nome, lembrava dos panfletos que recebi em época de eleição e me perguntava, se uma instituição centenária merecia ser usada para alavancar a carreira de meia-dúzia.
Gostaria que todos vocês ao lerem os nomes dos lideres desse movimento, fossem até o Google e checassem quais não foram candidatos nas ultimas eleições.
Os três principais lideres são:
Capitão alexandre Marchesini (Candidato a deputado pelo PR)
Capitão Lauro botto (candidato a deputado pelo PV)
Cabo Benevenuto (candidato a deputado pelo PRTB)
E os dois principais PMs que discursam sempre são:
Coronel Paul (Candidato pelo DEM)
Cabo Gurgel (candidato pelo PTB)
Será que não está óbvio que essa gente quer uma melhoria pra elas próprias?
O CB Benevenuto, por exemplo, passou os últimos 4 anos lotado em um gab de deputado e depois saiu candidato.
O Capitão Marchesini, foi candidato pelo partido do Garotinho. Por que ele não cobrou do Garotinho este aumento na época que ele era governador?
Acordem. Esse pessoal nunca foi bombeiro de verdade. Todos os que ali estão só querem usar a corporação como trampolim político. Já vi vários deputados bombeiros serem eleitos e a coisa só mudou para eles.
Quando fiz minha escolha por um serviço publico, eu sabia que o salário era baixo, mas decidi ingressar pela estabilidade. Foi uma escolha minha, troquei o salário mais alto da iniciativa privada, pela estabilidade de um emprego publico. Não vou agora me vitimizar por minha própria escolha. Isso seria safadeza.
Vejo até crianças sendo levadas aos protestos. Ora, pra que alguém vai levar crianças para uma manifestação? Só se for pra servir de escudo humano, não há outra justificativa. Isso é atitude de oportunista covarde.
Óbvio que bombeiro ganha pouco. Assim como todo funcionalismo e é uma situação que ouço desde que me conheço por gente.
Vamos melhorar sim, mas não com essa turma que aí está.
Postar um comentário