

Ouve-se muito sobre um Deus unipresente e unipotente mas o que temos visto é a ausência desse mesmo Deus. O mundo não necessita de pequenos milagres. Existem crianças morrendo devido à guerra desses homens que se dizem filhos de Deus. Que Deus é esse? Onde ele está que permite que tantos inocentes paguem o preço com suas próprias vidas? Eu sou pai e é no meu filho que vejo a face de Deus. E ali ele está vivo.

Nenhuma Guerra
tomemos de assalto assustados
o mundo desarmado não faz guerra
descomunais raivosas assessorias
não deixem a noite cair sobre as crianças
apontem missivas e mitiguem os mísseis
todos os bons lugares e seus povos agradecem e engrandecem
o mundo todo é um jardim
cacemos as ervas daninhas
apocalípticas cantoneiras desmanteladas de dores residuais
assíduas e conturbadas dedicadas à paz
apelidaram o assassínio de apimentadas flatulências
embasbacados às pasmaceiras
chutando aos montes as mãos descarnadas

encafifado sob marteladas inaudíveis descoradas
vamos abençoar as boas novas
desarmando as velhas covas de seus fantasmas ideais
deveras não às guerras aguaceiras de coágulos contumazes
pois o mundo só quer se festejar de sonhos coloridos
sem armas e sem fardas
somente de olhares fixos em olhares mitos
para celebrar um novo amanhecersem mais a solidão sombria da incerteza
e vivendo a fortaleza de estar feliz
de mãos dadas todo mundo
enfrentando os medos mais profundos
e proferindo palavras de paz e de luz
aos quatro cantos com mantos azuis
e assim todas as harmonias e tranqüilidades nos invadem a alma
e nos consertamos de glórias e vitórias
pois há sempre a esperança da poesia amor
nas lembranças das crianças em seus olhos de inflorescências
amor e paz em exibição por todas as praças
inocências sintéticas de consternadas ribanceiras
divulgando metas retas de tamanho consolar
consubstanciando o mundo desfilando sóbrio
de pés descalços e soltos os laços
pois não mais existem amarras
e nenhuma guerra restou
graças a deus
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