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março 17, 2011

MAIS UMA NOITE DE MANIFESTAÇÃO
Pedido de Comissão Processante foi encaminhado à Comissão de Justiça, Legislação e Redação Final para análise 
Em mais uma noite de manifestação, nessa quinta, 17 de março, a Câmara de Vereadores enviou para a análise das Comissões o pedido de abertura de uma Comissão Processante, protocolado, na última terça, pelo cidadão Marcus Vinicius Ramos. Popularmente conhecido como Marcão, o autor do pedido é pré candidato a Vereador do grupo político do ex-Prefeito Mário Tricano e junto com outros partidários, organizou o manifesto da última terça que ganhou força ao receber a adesão de centenas de pessoas sem motivação político-partidária aparente.
 Anexado ao documento protocolado na Câmara, estava um abaixo-assinado com cerca de seis mil assinaturas, reforçando o pedido da abertura de uma Comissão Processante para investigar os supostos indícios de irregularidades na gestão do Prefeito Jorge Mário Sedlaceck. 
 Reforçando a segurança, Policiais da Tropa de Choque da PM, que vieram do Rio, cercaram a entrada do prédio, porém, a contra-gosto do Coronel Mafia que determinou a ação, o cerco foi desfeito a pedido do Presidente da Casa, Vereador Arlei. O edil iniciou os trabalhos se desculpando pelo acontecido na terça, quando suspendeu a sessão alegando falta de segurança. Arlei disse que ficou nervoso, não só com as pedras mas também com as bombas disparadas pela Força Nacional e por isso preferiu encerrar os trabalhos naquela noite, temendo que o pior acontecesse. 
 Com a assistência tomada por representantes da Sociedade Civil Organizada e populares, o pedido de abertura de CPI foi lido na íntegra pelo 1º Secretário, Vereador Ademir Enfermeiro, e encaminhado à Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final para a regimental análise. Formando essa Comissão estão os Vereadores Habib Tauk, Mandinho e Major Anderson que agora tem 15 dias para dar o parecer a respeito do pedido de abertura da Comissão Processante.
 A polêmica da noite teve início quando os Vereadores Waguinho e Cláudio Mello iniciaram uma peregrinação em busca de mais dois companheiros de Plenário que aceitassem assinar um documento que permitiria que uma CPI, proposta pela OAB, fosse aprovada na mesma sessão. Essa, ao contrário da Comissão Processante, não necessitaria da espera de um parecer das comissões. 
O pedido de abertura da Comissão Processante, devidamente encaminhado para análise, tem um processo mais lento e pode durar anos se aprovado pois visa a apuração dos fatos, coleta de provas, no exercício do contraditório, passo a passo com o acusado, em clima de respeito mútuo, e prestigiando na prática o princípio da dignidade da pessoa, tendo em vista a responsabilização de quem é atribuída a sua autoria. Para saber mais sobre Comissão processante, clique aqui.
Já a CPI proposta pela OAB, se tivesse 4 assinaturas, não precisaria ser enviada às Comissões.
O Vereador Dr. Carlão se posicionou contrário a idéia pois, em seu entendimento, a mesma seria um desrespeito as seis mil assinaturas que já haviam recebido o apoio da Casa, além de poder ser entendida como uma “oportuna carona” num pedido de teor semelhante que já havia sido protocolado por um cidadão comum.
 Apesar do peso da argumentação, terminada a sessão, sem sucesso na empreitada, Waguinho e Cláudio foram ovacionados na saída da Câmara, enquanto os demais edis, ainda dentro do prédio, amargavam os gritos de “quadrilha”, “bandidos”, “corruptos”, “ladrões” e toda a sorte de adjetivos nada honrosos. 
 Um dos edis que mais sofreram com a revolta dos manifestantes foi o Vereador Paulinho Carvalho, que pela primeira vez em Plenário, manteve-se calado durante toda a sessão.  Revoltados com a postura do edil, os manifestantes foram para a frente da TV Brasil, de sua propriedade, porém, mesmo com a presença da Polícia no local, Paulinho não apareceu para apresentar seu programa.
 O manifestantes, então, seguiram em passeata pela Duque de Caxias, indo até o cruzamento do Regadas com a Reta, onde atearam fogo num boneco que trazia em seu peito a frase “Paulinho Covarde” e nas costas “Silicone na Bundinha”, em alusão às cirurgias plásticas realizadas por Jorge Mário.
 Devido ao fogo, a Tropa de Choque interveio e de forma pacífica, por volta das onze da noite, a manifestação teve fim, com a promessa da organização de uma carreata para a próxima terça, que sairá do Regadas em direção a Câmara.
No vídeo abaixo, várias imagens da noite:
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